Artist Statement

Cristina formou-se em arquitetura mas sempre gostou de pintar. Começou a dedicar mais do seu tempo à pintura desde 2018, e em 2020 fez a sua primeira exposição de pintura.

"Em criança gostava de fazer pequenos desenhos no papel de parede junto ao rodapé das paredes do escritório do meu avô. É uma das memórias mais antigas que tenho desse tempo. Sempre fui uma criança calma e observadora. Gostava de observar as pessoas, os seus gestos, a forma como falavam e o que diziam. Desde cedo encontrei nesta observação muito mais significado do que apenas as palavras ou gestos. Ainda hoje sou atenta aos detalhes e ao seu significado.Essas sensações são a linha de orientação que me leva à tela com a intenção de expressar o que não pode ser dito."

Ballerinas & Flores

Encontro inspiração na dança e na fotografia. A primeira porque entendo ser uma forma de expressão sentimentos profundos e de interpretação, a segunda por se traduzir numa forma de apreciação do detalhe e comptemplação da paisagem. A pintura surge como cenário onde estas paixões coabitam. Através da pintura, tento expressar mensagens cujos significados estão ligados à sensibilidade feminina. As minhas bailarinas são retratadas a meia-luz, em fundos pretos, como pequenas chamas de luz intensa. Os volumes da pele tendem a fundir-se nos fundos escuros, muitas vezes lembrando os contrastes de luz/sombra da fotografia de palco.

Cidades Invisíveis

As cidades invisíveis fazem parte do meu imaginário de arquitetura. Desenhos e pinturas de paisagens urbanas, cuja influência vem da prática da arquitetura e que nacmaioria são inspirados em imagens reais, fotografias ou vídeos. As pinturas abstratas refletem o caos e a ordem urbanas, e são a origem das coleções "Cidades Abstratas" e "cidades invisíveis".